sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Codornizes

Nota: este post pode ferir as pessoas mais sensíveis, principalmente se forem vegetarianas ou acérrimas defensoras dos direitos de todos os animais sem exceção rigorosamente nenhuma. Por isso, não leiam. Se, mesmo assim, quiserem arriscar, depois não digam que não avisei antes e não me venham com aqueles comentários anónimos do ela isto..., ela aquilo..., sua isto.... e sua aquilo..., não tens vergonha nem sentimentos sua... e por aí fora.
 
 
Hoje de manhã fui ao talho só para comprar qualquer coisa fresquinha para o almoço e assim que entro dei de caras com elas. Bonitas, frescas e fofas, só não olharam para mim porque estavam literalmente sem cabeça, depenaditas, em posição de artigo que está na montra para todas as pessoas verem, apreciarem e comprarem, vá, pronto, estavam prontas para o tacho! E por momentos viajei no tempo. Viajei ao tempo em que a minha avó as fritava depois de horas a marinar no tempero, depois o meu pai também já as fazia e, de repente, passaram mais de meia dúzia de anos e já ninguém as faz. Por momentos senti o cheiro e até o sabor inconfundível, ouvi o estalar dos ossinhos quando as partimos para depois "lamber" tudo até ao último vestígio suculento de carne, até à última batata frita que quase sempre acompanhava, até ao último pedaço de pão saloio que "lavava" o prato. Por momentos pensei em resistir à saudade, mas depois tomei juízo e trouxe a caixa quase toda para algúem as cozinhar ao jantar. O alguém passou logo a ser o meu pai que ainda vai decidir se as vai fritar ou se é melhor estufar. Para mim tanto se me dá, é igual ao litro, vou devorá-las de qualquer maneira. Tendo em conta que não páro de pensar nas bichanas desde as 11h da matina, já podem imaginar quantas vão entrar hoje no meu bucho!!
 
Rais'aspartisse :)
 
Bjs, mãe

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